SE…
Não chores nunca, não, quando eu morrer,
Só por nosso Amor ter sido imenso!
E na verdade, sendo assim, eu penso
Nada nos deverá fazer sofrer.
Bem sei que é doloroso de perder
A quem o coração nos traz suspenso…
E foi em nosso lar carinho intenso,
A razão e a alegria de viver!
Mas o mundo não pára! E Deus ordena
Em todo o mal resignação serena,
Nos conformemos, sempre, com a sorte.
P’ra que ficarmos de olhos orvalhados…
Por lágrimas e luto separados,
Se a vida não acaba com a morte?!...
In “A Ternura Que Me Deste” – Poesias – 1945
Livraria Figueirinhas – Porto
Elísio de Vasconcelos
1907 -1965
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