BIG-BANG
Na minha infância, o Universo estendia-se
do Castelo até às Eiras, envolvendo a Praça
e o Cabecinho onde ficava a minha escola.
À volta eram ladeiras que velavam o sono do rio
lá no fundo. Era assim o meu mundo
que, para mim, era maior que o infinito
e que em cinco linhas aqui ficou descrito,
contrariando assim, à evidência,
uma das conjecturas da ciência.
Desde o seu Big-Bang
o meu Universo contrai-se, não se expande.
In “Magnetismo Terrestre”
Fundação Dr. Luís Araújo – Porto – 2006
Regina Gouveia
N. 1945
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