LÁGRIMAS DE CERA
Quando Estela morreu choravam tanto!
Chovia tanto nessa madrugada!
— Era o pranto dos seus, casado ao pranto
Da Natureza — mãe desventurada
Ninguém podia ver-lhe o rosto santo,
A fronte nívea, a pálpebra cerrada,
Que não sentisse logo, em cada canto
Dos olhos uma lágrima engastada !
Ah!... Não credes, bem sei, porque não vistes!
Mas, quando ela morreu, chorava tudo!
Até dois círios, lânguidos e tristes,
Acendidos à sua cabeceira,
Iam chorando, no seu pranto mudo,
Um rosário de lágrimas de cera!
Raul Machado
1891 – 1954
(Poeta Brasileiro)
PÓSTUMA Noite fechada, lúgubre, sombria. Céu escuro, tristíssimo, nevoento, Relâmpagos, trovões, água, invernia E vent...
POEMA DA ÁGUA A água também nasce pequenina - nasce gota de orvalho ou de neblina... A água também tem a sua infânci...
. Mais poesia em