O ETERNO FEMININO
Ninguém vive sem amor,
Neste mundo sub-lunar.
Cada pomba tem seu par,
Cada zagala um pastor.
O doirado pica-flor
Ama a rosa-de-toucar;
Enfim, na terra e no mar,
É Ele o rei, o senhor.
Pois que amar é lei sem metas,
Amemos, cantando aos ventos
As nossas musas dilectas.
Até os próprios jumentos
Têm, como nós os poetas,
Burras dos deus pensamentos.
In “Canto do Cisne”
Livrarias Aillaud e Bertrand – Paris-Lisboa – 1923
João Penha
1838 – 1919
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