QUEM FOSTE, ANTÓNIO DE SOUSA?
A cor do teu olhar era de mel,
O porte altivo, quase de gigante,
Mas tinhas não-sei-quê no teu semblante
Que despontava em versos a granel...
O mundo deu-te dias como fel!
Ninguém soube entender-te esse bastante
Que te ressuscitasse em doce infante
Ou devolvesse os sonhos, num anel...
Poeta, quem te encheu de horas perdidas?
Os sonhos naufragados, quem tos deu?
Quem te fechou a porta às ilusões?
Nasceste já coberto de mil f´ridas!
O teu reino, afinal, era do Céu
Mas tu desceste ao mundo das paixões...
In “SEBE(M)TARISMOS – Caderno de Rascunhos e Manuscritos”
M. João Brito de Sousa
(Gentilmente cedido pela autora neta de António de Sousa)
. Mais poesia em
. Eu li... M. João Brito de...