MANSIDÃO
Quando me chamam, vou logo.
E não reajo. Disfarço.
E a cada ultraje, renasço
com as artérias em fogo.
Não falo do meu espanto.
Quando recuso, não digo.
(Conservo as vozes comigo
a elaborar o meu canto).
E com maneiras discretas,
vou criando o movimento
que hei-de entregar, a seu tempo,
às minhas asas quietas.
In “As Folhas de Poesia Távola Redonda"
Fasc. 14 de 31 Out. 1952
Fernanda Botelho
1926 – 2007
CANTAR DE AMIGOBailada, bailiaque eu já sei bailar.E agora só queriaaprender a amar.Ao entrar na roda,soltou-se-me a lig...
. Mais poesia em