NO JARDIM DAS OLIVEIRAS
“Minh’ alma é triste até à morte...” Doce,
Jesus falou... E o Nazareno santo
Chorava, como se a su’alma fosse
Um mar imenso de amargura e pranto.
Depois, silencioso, ele afastou-se
E foi rezar no mais sombrio canto.
Seu grande olhar formoso iluminou-se
Fitando o etéreo e estrelejado manto.
“Pai, tem piedade...” E sua vez plangente
Tremia, enquanto pelas trevas mudas
Baixava manso o triste olhar dolente.
Pobre Jesus! Como n’um sonho via:
Em cada sombra a traição de Judas,
Em cada estrela os olhos de Maria!
In “Horto” 1900
Auta de Souza
1876 – 1901
TRANÇA LOURA A linda trança dourada Que eu vi domingo à noitinha, Guardava a maciez amada Das penas de uma andorinha....
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