OS SONHOS DO NÃO VIVER
O poeta não é um fingidor,
Mas é sempre um sonhador…
Por vezes, sonha demais,
E ao sonhar, vem a sofrer
De não ser compreendido,
De ser mal interpretado,
Pois sempre que alto sonha,
Há sempre um pensamento errado.
Mas os sonhos são só nossos,
E por vezes mal sonhados…
Nunca os sonhos têm vida…
Quase sempre reprimidos,
E quase sempre se sonha,
Com um Mundo de mudança,
Mas sempre ao despertar,
É que se vê o falhanço,
Em que estamos convertidos,
Neste Mundo corrompido,
Mas, vou continuar a sonhar,
Ainda que incompreendida,
Pois é quase sempre a sonhar,
Que se vive, o que se queria,
E se não vive na vida…
In “Revista Unearta”
Ano 2 – n.º 13 – Janeiro.2003
Adelaide Vicente
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