ODE À VIDA
Para que nasci, Senhor! Para quê?
Se eu sou o vento materializado,
Meu pensamento é o sopro que não vê
Que trago meu semblante carregada.
Para que nasci, Senhor! Para quê?
Para ver o mar onde mergulho, só,
Para ver a terra que em silêncio vê
Seus filhos mal, o que lhe causa dó.
Para que nasci, Senhor! Para quê?
Para ver o ódio conduzir ao crime
Pessoas justas, boas, mas descrentes.
Para que nasci, Senhor! Para quê?
Salvai minha alma que redime
Meu corpo sob cargas tão prementes.
In “Mágoas de Esperança” – Poemas – 1989
Edição da Autora
Maria Aurora Santos Costa
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