O MAR
Antes que o sonho (ou o terror) tecesse
Mitologias e cosmogonias,
Antes que o tempo se cunhasse em dias,
O mar, o sempre mar, já estava e era.
Quem é o mar? Quem é aquele violento
E antigo ser que rói os pilares
Da terra e é um e muitos mares
E abismo e esplendor e acaso e vento?
Quem para ele olhar vê-o pela primeira vez,
Sempre. Com o assombro que as coisas
Elementares deixam, as belas
Tardes, a lua, o fogo de uma fogueira.
Quem é o mar, quem sou? Sabê-lo-ei no dia
Que se segue a agonia.
(El outro, el mismo)
In “O Mar na Poesia da América Latina”
Selecção dos textos Isabel Aguiar Barcelos
Tradução José Agostinho Batista
Assírio & Alvim
Jorge Luís Borges
(Poeta argentino)
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