GAIVOTAS
Não sei onde as gaivotas fazem ninho,
onde encontram a paz.
Sou como elas,
em perpétuo voo.
Raso a vida
como elas rasam a água
em busca de alimento.
E amo, talvez como elas, o sossego,
o grande sossego marinho,
mas o meu destino é viver
faiscando na tempestade.
In “Três Momentos da Poesia Europeia”
(De Safo e Píndaro a Ungaretti e Salinas)
Selecção, tradução e notas de Albano Martins
Edições Afrontamento
Vincenzo Cardarelli
(1887-1959)
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