HERANÇA DE MORTE
Lírios em mãos de carrascos
Pombal à porta de ladrões
Filho de mulher à boca do lixo
Feridas gangrenadas sobre pontes quebradas
Assim construímos África nos cursos de herança e morte
Quando a crosta romper os beiços da terra
O vento ditará a sentença aos deserdados
Um feixe de luz constante na paginação da história
Cada ser um dever e um direito
Na voz ferida todos os abismos deglutidos pela esperança
Todos os Sonhos
In “Antologia da Poesia Moderna Angolana”
Organização Adriano Botelho de Vasconcelos
União dos Escritores Angolanos
Amélia Dalomba **
(Poetisa e Jornalista Angolana)
N. 1961
**Pseudónimo de Maria Amélia Gomes Barros da Lomba do Amaral
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