POEMA DA CHUVA
Bem-vinda sejas tu, ó lágrima celeste,
No tempo necessário,
Regrada e repartida.
És pérola magnífica
No ouro que te veste,
– Sangue da Natureza,
A dar à terra vida!
Teu canto se dilui em gostas preciosas,
Que espalhas pela terra
Em gritos de oração!
Teu braço criador
Semeia pão e rosas,
– Transformas em veludo
O mais agreste chão!
Por isso, eu te bem digo, ó chuva minha amiga,
Ó lágrima celeste,
– Poema do Inverno!...
Sem ti, a Primavera,
Seria voz mendiga,
– Morrendo em sede ardente
Do teu amor eterno!
Porto – Dezembro de 1980
In “O Grito das Fragas”
Edição do Grupo de Acção Recreativa e
Cultural Semente Nova (GARC)
Castro Reis
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